quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Morangos orgânicos são mais firmes e doces, diz estudo da USP


 Além da vantagem de não serem produzidos com agrotóxicos, os morangos obtidos pelo sistema orgânico são mais firmes e doces do que os cultivados de forma convencional.

A conclusão é de um estudo realizado pela Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo), em Piracicaba (SP).
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De acordo com a pesquisadora e engenheira agrônoma Carolina Andrade, foram avaliados morangos produzidos das duas formas em São Paulo e em Minas Gerais.

As frutas foram coletadas em 14 propriedades localizadas em Atibaia (SP), Jarinu (SP), Monte Alegre do Sul (SP) e Senador Amaral (MG).

A pesquisa mostrou que a fruta orgânica consegue manter a aparência de fresca após a colheita por conta da firmeza da polpa e por ter a coloração um pouco mais intensa do que na produção convencional.

Essa cor mais forte, porém, só pode ser avaliada por um aparelho chamado colorímetro e não é evidente a olho nu.

Desenvolvido pela Embrapa Clima Temperado, o sistema de produção de morangos fora do solo e sem terra vem sendo usado no Rio Grande do Sul há quatro anos. Clique nas imagens acima para conhecer o processo Leia mais Carlos Reisser Junior/Divulgação

Já os morangos produzidos de forma convencional, com agrotóxicos, apresentaram menor índice de podridão, o que significa que, entre o armazenamento e o consumo, ele se deteriora mais lentamente.

A pesquisadora explica, porém, que a diferença de tempo de deterioração entre o fruto orgânico e o convencional não é significativa.

Além disso, os morangos convencionais possuem maior quantidade de uma substância chamada de antocianina. "Esse pigmento é composto de antioxidantes, ou seja, promove proteção contra radicais livres, o que está associado à prevenção de doenças e promoção de benefícios à saúde de quem os ingere", afirma Carolina Andrade.

De acordo com a engenheira agrônoma, fica demonstrado que a forma de cultivo influencia na qualidade do fruto. "Não avaliamos as formas de produção, apenas o fruto, mas suponho que o fruto orgânico ganhe essas características de firmeza e sabor por ser produzido com adubação natural, com microorganismos se desenvolvendo no solo", diz.

Morango está entre os alimentos com mais resíduos de agrotóxicos

Por se tratar de um fruto muito suscetível ao ataque de pragas e doenças durante seu cultivo comercial, é utilizada grande quantidade de produtos químicos na produção do morango.

"O morango figura entre os principais alimentos nos quais são encontrados resíduos de agroquímicos acima do limite permitido. Por isso é visto como 'vilão' entre os alimentos", diz Carolina Andrade.

"Porém, deve-se lembrar de que se trata de uma cultura para a qual não são feitos tantos investimentos e estudos em tecnologia de defensivos quanto para culturas como soja, milho, cana-de-açúcar, mais expressivas economicamente", afirma a pesquisadora.

Um documento elaborado pela Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) fez um alerta, em 2012, sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde e na segurança alimentar.

Segundo um dos coordenadores do estudo, Fernando Carneiro, chefe do departamento de Saúde Coletiva da UnB (Universidade de Brasília), o consumo prolongado de alimentos contaminados por agrotóxico --ou seja, com quantidade de produto acima do permitido-- pode provocar ao longo de 20 anos doenças como câncer, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais.

A pesquisa da Esalq-USP comparando os dois tipos de morango foi realizada entre 2011 e 2013 com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre os frutos orgânicos e convencionais. "Nós esperamos que sirva de base para o desenvolvimento de novas metodologias eficientes na produção e armazenamento da fruta", diz.

Fonte: UOL

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Benefícios das minhocas para a vida no solo

A minhocultura possibilita ao agricultor inúmeras vantagens ao lhe proporcionar a disponibilidade de dois produtos comercializáveis e de alto valor agregado, além da possibilidade da utilização direta deles nas propriedades rurais e até mesmo urbanas (reciclagem do lixo orgânico doméstico) para a melhoria das condições de solo e para os sistemas de produção ali empregados.

O efeito físico que as minhocas desempenham no solo ao criarem galerias, por meio de sua movimentação na busca de alimento, é também de fundamental importância para a melhoria das condições gerais do solo, pois proporcionam não só a descompactação, mas uma melhor infiltração de água e ar. A disponibilização de nutrientes mais assimiláveis para as plantas pela introdução de húmus no sistema, fruto do processo digestivo das minhocas ao consumir o material fornecido (composto), deve ser destacado também.

A importância do papel das minhocas há muito já é considerada, como por exemplo, pelo “pai da evolução”, Charles Darwin que em vários de seus escritos ressaltou a importância ecológica desses seres, denominando-as “os arados da natureza”.

Fonte: Portal Orgânico

Estudo mostra que quanto mais velha a árvore, mais ela absorve CO2

Quanto mais velha é uma árvore, mais ela captura dióxido de carbono (CO2) na atmosfera para continuar a crescer, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira sobre o impacto das florestas no aquecimento global.

Os resultados dos trabalhos, publicados na revista científica britânica Nature, indicam que em mais de 400 tipos de árvores estudados, são os espécimes mais velhos e, portanto, os maiores de cada espécie os que crescem mais rápido e que, consequentemente, absorvem mais CO2.

Estes cientistas contradizem o postulado segundo o qual as árvores velhas contribuiriam menos na luta contra o aquecimento global.

"É como se para os humanos, o crescimento se acelerasse depois da adolescência ao invés de se retardar", explicou para a AFP Nathan Stephenson, um dos autores deste trabalho.

As árvores absorvem da atmosfera o CO2, principal gás causador do efeito estufa, responsável pelo aquecimento global, e o armazenam em seus troncos, seus galhos e suas folhas.

As florestas desempenham, assim, um papel de reservatórios de carbono, mas até que ponto elas retardariam o aquecimento é um assunto em aberto.

"Já sabemos que as florestas antigas estocam mais carbono do que as florestas mais jovens", explicou Nathan Stephenson. Mas, prosseguiu o pesquisador, "as florestas antigas têm árvores de todos os tamanhos e não está claro quais cresceram mais rápido, capturando assim a maior quantidade de dióxido de carbono".

Este estudo dá uma resposta clara a esta questão: "para reduzir o dióxido de carbono presente na atmosfera, é melhor ter árvores grandes (ndr: e, portanto, antigas)", resumiu o cientista.

"Este conhecimento vai nos permitir melhorar nossos modelos para prever como as mudanças climáticas e as florestas interagem", ressaltou Nathan Stephenson.

Cerca de quarenta cientistas participaram deste estudo, que analisou os dados dos últimos 80 anos de 670.000 árvores de 403 espécies diferentes existentes em todos os continentes.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Patê verde de ora-pro-nóbis

 
Ora-pro-nóbis florida

Ora-pro-nobis, que em latim significa "rogai por nós", tem o nome científico de Pereskia aculeata. É uma planta da família dos cactos e por ser rica em proteínas é também conhecida como "carne vegetal"

A ora-pro-nóbis tem 25% de proteínas e é rica em vitamina A, B, C, fibras, cálcio, ferro e fósforo. As folhas também são medicinais, tratam inflamações e ajudam na recuperação da pele em casos de queimaduras.

Ingredientes
2 cebolas médias picadas
1 dente de alho picado
4 colheres de sopa de óleo
1 colher de sopa rasa de sal
500 g de queijo ricota
300 g de folhas de ora-pro-nóbis
3/4 de copo normal de água fervente

Modo de preparo:
Coloque a cebola para dourar junto com o sal e o alho. Em seguida, adicione as 4 colheres de óleo, quantidade que pode ser reduzida, se preferir. Adicione as folhas do ora-pro-nóbis picadas grosseiramente e refogue. Enquanto refoga o ora-pro-nóbis, corte a ricota em pedaços pequenos. Transfira o refogado aos poucos para o liquidificador e vá adicionando a ricota partida. Se houver necessidade, acrescente um pouco de água fervente para deixar a pasta macia. Armazene em recipiente de boca larga para facilitar a retirada e sirva sobre biscoitos ou pães. Também pode ser utilizado como recheio de pastéis e de massas em geral.

Esta receita é de autoria de Valdely Kinupp, pesquisador do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, Campus Manaus-Zona Leste (Ifam-CMZL) e colaborador do projeto Saberes e Sabores.

Viver perto de áreas verdes aumenta sensação de bem-estar, diz estudo

Cientistas britânicos afirmam que moradores destas áreas têm menos sinais de depressão e ansiedade.

Áreas verdes diminuíram estresse e ansiedade em cidades (Foto: BBC) 
Áreas verdes diminuíram estresse e ansiedade em cidades (Foto: BBC)
Um estudo de cientistas britânicos sugere que viver em uma área urbana com espaços verdes tem um impacto positivo no bem-estar mental dos habitantes de cidades.

Os pesquisadores, da Universidade de Exeter, constataram que passar a morar em um local com áreas verdes gera um efeito positivo duradouro, enquanto que aumentos de salários ou promoções no trabalho, por exemplo, fornecem apenas efeitos positivos de curto prazo.

Para os autores da pesquisa, os resultados mostram que o acesso a parques urbanos traz benefícios à saúde pública.

Mathew White, do Centro Europeu para o Desenvolvimento e Saúde Humana da Universidade de Exeter, um dos autores da pesquisa, explicou que o estudo se baseia nas descobertas de um outro levantamento, que mostrou que as pessoas vivendo em áreas urbanas mais verdes tinham menos sinais de depressão e ansiedade.

Ele diz que isso ocorre 'por várias razões'. 'Por exemplo: as pessoas fazem todo tipo de coisas para ficarem mais felizes, elas lutam por uma promoção no trabalho, aumento de salário, até se casam. Mas o problema com todas estas coisas é que, depois de seis meses a um ano, elas voltam aos níveis originais de bem-estar. 
Então estas coisas não são sustentáveis, elas não nos fazem felizes no longo prazo', afirmou.
'Descobrimos que em um grupo de ganhadores da loteria, que tinham ganho mais de 500 mil libras (quase R$ 2 milhões), o efeito positivo definitivamente estava lá, mas depois de seis meses a um ano, eles tinham voltado aos níveis normais.'

As descobertas foram publicadas na revista especializada Environmental Science and Technology.

Dados
A equipe de pesquisadores usou dados da Pesquisa de Residências Britânicas (que mudou o nome para pesquisa Compreendendo a Sociedade) e que começou a ser feita na Grã-Bretanha em 1991 pela Universidade de Essex.

'É uma amostra enorme e representativa da população britânica (atualmente cerca de 40 mil residências pesquisadas por ano), em que são respondidas várias perguntas, sobre renda, estado civil, etc', disse White.
'Mas também inclui algo chamado Questionário Geral de Saúde, que é usado por médicos para diagnosticar depressão e ansiedade.'

'O que você vê é que, mesmo depois de três anos, a saúde mental ainda é melhor (para quem vive perto de áreas verdes), o que é improvável com as muitas outras coisas que achamos que nos farão felizes', disse.

Mais pesquisas
O pesquisador acrescentou que a equipe quer fazer mais pesquisas para examinar uma possível ligação entre qualidade de relacionamentos conjugais e a vida em areas verdes.

'Há provas de que as pessoas dentro de uma áreas com espaços verdes são menos estressadas e, quando você é menos estressado, você toma decisões mais razoáveis e se comunica melhor', afirmou White.

'Não vou falar que é uma poção mágica que cura todos os problemas do casamento, claro que não é, mas pode ser que (o fator do cenário) ajude a pender a balança na direção das decisões mais razoáveis e diálogos mais maduros.'

Com as crescentes provas de ligação entre espaços verdes nas cidades e o impacto na saúde pública, há também o crescente interesse das autoridades e governos pelo assunto, segundo White.

Mas, o pesquisador afirma que não será fácil decidir de onde deve vir o dinheiro para investir em áreas verdes nas cidades.

'Por exemplo: autoridades ligadas ao meio ambiente irão dizer que se é bom para a saúde das pessoas, então o investimento deveria ser feito pelo serviço de saúde.'

 'Então, há muitas pessoas interessadas, mas o que realmente precisamos no nível de políticas, é decidir de onde virá o dinheiro para apoiar áreas verdes locais de qualidade', acrescentou.