quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Fiocruz disponibiliza banco de dados sobre plantas medicinais

 O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) disponibiliza mais um benefício para a comunidade científica e a sociedade. Trata-se do banco de dados que reúne as informações bibliográficas disponíveis sobre plantas medicinais a partir do conhecimento tradicional. A plataforma resulta de um estudo realizado pelo herbário Coleção Botânica de Plantas Medicinais (CBPM), do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde da unidade (Cibs), com o apoio da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz).

Integrante do banco de dados, o camapú é uma planta medicinal com propriedades para diferentes aplicações, inclusive antibiótico (foto: Acervo CBPM)

A iniciativa tem como objetivo valorizar o conhecimento popular e a pesquisa etnobotânica a fim de estimular a repartição de benefícios com comunidades provedoras. Além disso, visa também a subsidiar pesquisas voltadas para a comprovação dos usos populares de plantas medicinais e estimular o desenvolvimento de produtos e políticas de saúde que priorizem a biodiversidade brasileira.

O projeto foi idealizado pelo biólogo Marcelo Galvão, curador adjunto da CBPM/Fiocruz. O levantamento bibliográfico foi realizado pelo técnico do CBPM/Fiocruz, Marco Antonio Filho. O site foi desenvolvido pelo analista computacional da VPPCB/Fiocruz, Carlos Henrique da Silva. Galvão explica que a nova ferramenta pode ser útil para profissionais que trabalham com produtos naturais e buscam novas espécies para estudar ou precisam comprovar tradicionalidade de uso para notificar produtos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Este banco pode subsidiar pesquisas na área farmacêutica de produtos naturais, auxiliar registros de produtos tradicionais fitoterápicos na Anvisa, fomentar questões de repartição de benefícios junto ao [Conselho de Gestão do Patrimônio Genético] CGEN, além de outros benefícios”, destaca.

O Brasil possui aproximadamente 40 mil espécies vegetais conhecidas, inúmeras dessas plantas são consideradas medicinais por povos originários e diversas comunidades tradicionais. No entanto, as listas oficiais de plantas medicinais possuem um número muito inferior ao já registrado por estudos etnobotânicos. Desta forma, o trabalho realizado pela instituição é contínuo, ou seja, à medida que uma nova espécie entre no acervo da CBPM, o levantamento bibliográfico sobre ela será incluído no banco, além da atualização das espécies já catalogadas.

O banco também é voltado para indústrias, provedores do conhecimento popular, gestores públicos que busquem ampliar listas oficiais de plantas medicinais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo a Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, e a população em geral.

Ao todo, o acervo atual conta com 300 espécies. Para consultar, basta acessar a página da Coleção de Botânica de Plantas Medicinais. As buscas podem ser feitas por família botânica, nome popular ou científico.

Fonte: Fiocruz

sábado, 10 de dezembro de 2022

Dicas incríveis de como criar o seu viveiro de mudas

Neste vídeo, Gabriel Jacob ensina como fazer o seu próprio viveiro de mudas. Ele explica os detalhes de como fazer o substrato, plantio na caixa de areia, como preparar a muda, irrigação e muitas outras dicas de como deixar o seu viveiro preparado para o plantio da sua agrofloresta.

Bálsamo (Cotyledon orbiculata L.)

Bálsamo



Nome popular
Bálsamo e Balso.

Nome científico
Cotyledon orbiculata L.

Família
Crassulaceae.

Descrição macroscópica
Planta herbácea, que atinge de 30 a 50 cm de altura. Folhas suculentas e flores amarelas. Sabor levemente ácido. Multiplica-se por estaquia.

Composição química
Constituintes químicos principais são as mucilagens.

Partes utilizadas
Folhas frescas.

Uso terapêutico
- Cultura popular: é usado como digestivo, emoliente, no tratamento de inflamações gastrointestinais e da pele, cicatrizante e protetor contra úlcera, erisipela e no tratamento de queimaduras e de frieiras.

Formas farmacêuticas
In natura (ao natural) e suco.

Uso popular
- Ao natural, sob a forma de saladas, sem tempero (inflamações intestinais);
- Suco: aplicado sobre a pele inflamada.

Toxicidade
- Sem referências. Recomenda-se ter certeza da procedência da planta e respeitar a dose indicada.

Considerações especiais
- Apresenta condições mais favoráveis ao seu desenvolvimento com luz plena e ambiente pouco úmido.

Inundações dão lugar a agrofloresta e academia em espaço revitalizado de BH

Inundações dão lugar a agrofloresta e academia em espaço revitalizado de BH


O local onde viviam cerca de 760 famílias, removidas das margens do ribeirão do Onça, no bairro Ribeiro de Abreu, região Nordeste da capital, tem passado por importantes transformações. O espaço que antes sofria com inundações e colocava os moradores em risco,  recebeu a ação da Prefeitura de Belo Horizonte - que foi abraçada pela comunidade - e atualmente tem agrofloresta, horta, pomar, quadra, parque e academia a céu aberto.

O secretário Municipal de Meio ambiente, Mário Werneck, visitou, nesta quinta-feira (10) o local, e viu de perto a área transformada. “É uma honra estar aqui hoje vendo a criação de uma minifloresta. Foram plantadas 570 árvores entre nativas e frutíferas. Esse trabalho é que faz com que a gente se sinta cada fez mais feliz no intuito de fazer uma Belo Horizonte mais feliz”.

O projeto das agroflorestas é uma iniciativa que será expandida para mais espaços da cidade, segundo Mário Werneck. “Nós temos hoje o intuito de fazer 9 áreas, 9 áreas se agroflorestas. Então, serão nove comunidades atingidas da mesma forma. E vou dizer para vocês uma coisa: não precisa gastar muito não. É amor, vontade de ajudar, vontade de fazer. Isso aqui é um retrato fidedigno de qualidade de vida”, disse.

A família de Danilo morava em um barracão e todo ano sofria com enchentes e falta de segurança. Atualmente, ele tem casa própria e é um dos que ajuda na manutenção do espaço. “Se você conversar com todo mundo que saiu daqui e participou desse processo, acredito que 100% dos relatos vão ser de que foi uma transformação para muito melhor, para a vida e segurança dessas pessoas. Hoje todos veem com outros olhos e tem uma qualidade de vida melhor e, consequentemente, são pessoas mais felizes”.

A comerciante Marcília Macedo é moradora do Ribeiro de Abreu há 30 anos. Ela agradece às mudanças feitas e diz que elas elevaram a autoestima de quem vive ali. “O visual pra mim então que trabalho de frente para a horta é um relax. Esse verde bonito, essas plantações que eles estão colocando aí. Além do bairro ficar mais bonito, ele fica mais leve! E todo muito mais feliz!”

Fonte: PBH

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

NPK caseiro é realmente um NPK?
Fornece todos os nutrientes necessários a planta?

Assista a essa vídeo aula super didática da Eng. Agrônoma Mariana.
Aproveite e se inscreva no canal Verde Ensina, tem muito conteúdo bacana demais.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Conheça a gongocompostagem, opção vantajosa para produção de adubo orgânico


Os gongolos, também conhecidos como piolho-de-cobra e embuá, são excelentes trituradores de resíduos sólidos e podem produzir um adubo orgânico que não deixa nada a desejar do composto gerado pelas minhocas. Quem descobriu a novidade foram pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, no Rio de Janeiro, e agora a tecnologia está sendo difundida aos produtores de Roraima.

A gongocompostagem funciona por meio da parceria entre o gongolo e os microrganismos presentes no solo e nos resíduos. Os gongolos trituram os materiais, facilitando a decomposição por esses microrganismos. É por meio desta decomposição que os resíduos são transformados em adubo orgânico.

“Conhecemos a pesquisa da Embrapa Agrobiologia e achamos bastante interessante replicar em Roraima. É uma tecnologia simples, rápida e barata, e pode ser uma boa alternativa, não só para áreas rurais, mas também para moradores de terrenos urbanos realizarem o reaproveitamento de restos culturais, corte de grama, folhas secas e podas”, comenta o analista de transferência de tecnologia da Embrapa Roraima, José Alberto Mattioni.

O Agrônomo explica que o processo de gongocompostagem pode levar de 90 a 120 dias, dependendo do material utilizado e da umidade do local. “Quanto mais tempo os resíduos ficarem em contato com os gongolos, melhor será a sua qualidade. Também não há necessidade de revirar o material durante o processo”, esclarece.

Vantagens
Segundo Mattioni, uma das vantagens da gongocompostagem está no produto final gerado. O húmus do gongolo não precisa ser misturado a outros materiais, e já pode ser aplicado diretamente para a produção de mudas e também em hortas. Já no composto da minhoca, é recomendado ainda adicionar palha de arroz carbonizada ou pó de carvão para melhorar a textura do adubo.

Outra vantagem está na oferta desses animais no meio ambiente, facilmente encontrados embaixo de folhas, galhos e troncos. Na compostagem com minhocas o produtor precisa adquirir espécies especificas, como a vermelha-da-califórnia ou a gigante-africana, o que torna a atividade um pouco mais onerosa. 

Quanto à qualidade do húmus gerado, são praticamente iguais, diz o agrônomo. Mas, em relação aos benefícios, há vários outros pontos a favor dos gongolos, além dos já citados. Por exemplo, o número de predadores desses animais é menor que os das minhocas, que são atacados por diversos insetos e pássaros. Assim, a perda do produtor também é menor. A gongocompostagem reduz ainda o volume dos resíduos em até 70%, sendo uma ótima opção para utilização em lixões.


Experimentos na Embrapa Roraima
Na Embrapa Roraima, a gongocompostagem está reaproveitando os resíduos orgânicos gerados na Sede da Empresa, como restos culturais e de podas. O substrato produzido é utilizado em mudas e aplicado nos canteiros da Unidade. 

“O que fazemos é juntar os resíduos que já foram semidecompostos na composteira, transferindo o material para o gongolário, que é uma área com proteção, para que os gongolos não saiam. Lá, eles continuam com a trituração dos materiais, gerando o húmus”.

A construção do gongolário é simples, pode ser montada com uma cerca de tábuas ou sombrite e lona embaixo, com caixas de madeira ou caixas d’água avariadas, materiais que o agricultor tem na propriedade. Uma vez por semana é preciso checar a umidade e, se estiver muito seco, é necessário molhar o composto, explica Mattioni. Não há necessidade de revirar a pilha.

Além da aplicação em hortas, vasos de plantas e para a produção de mudas, o adubo produzido por meio do húmus do gongolo pode ser também utilizado em áreas degradadas para reposição da matéria orgânica do solo. 

A tecnologia está disponível a visitação de produtores, técnicos, estudantes e demais interessados. Para conhecer a gongocompostagem, basta agendar sua visita a Embrapa Roraima pelo telefone (95) 4009-7135.

Clarice Rocha (MTb 4733/PE)
Embrapa Roraima

Fonte: EMBRAPA