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sábado, 11 de março de 2023

Fungo que fortalece o solo é descoberto em assentamento e recebe nome de agricultora do MST

Penicillium gercinae é um fungo importantes no processo de decomposição da matéria orgânica presente no solo

Lucila Bezerra
09 de Março de 2023 às 08:37

Dona Gercina nem imaginava que o próprio quintal seria palco de uma importante descoberta científica. Agricultora familiar, ela faz parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e mora no assentamento Chico Mendes - Três, em Paudalho, no estado de Pernambuco, há 18 anos.

“Isso, pra mim, foi muita alegria. Dentro dessa conjuntura, dela ter descoberto um fungo. E ter esse carinho, imagina. Só mãe e filha, né? E botar esse nome tão, assim, pra me homenagear. As pessoas têm o costume de homenagear as pessoas depois que morrem e eu estou tendo esse privilégio de estar aqui, viva, contando a história. E estou sendo homenageada”, conta Gercina.

A pesquisa que identificou no solo o fungo do tipo Penicillium foi feita numa parceria entre a Universidade Federal de Pernambuco e o assentamento rural. O nome científico que homenageia dona Gercina ficou assim: Penicillium gercinae.

O fungo foi detectado na análise de solos feita pela doutoranda Amanda Lúcia Alves. A orientadora dela, a bióloga Patrícia Vieira Tiago, professora da Universidade Federal de Pernambuco, destaca a importância científica do feito.

“Esse Penicillium faz parte de um grupo que ainda se conhece poucas espécies dentro do grupo. Então, foi sim uma informação bastante interessante e que são fungos bastante importantes nesse processo de decomposição da matéria orgânica presente no solo. Esses fungos vão estar facilitando nesse processo de incorporação desses nutrientes no solo e, consequentemente, nutrindo as plantas. Então, garantindo o equilíbrio ali no sistema”, explica.

A pesquisa teve início em 2009, como um projeto de extensão da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFPE). Em 2013, o estudo foi incorporado pela UFPE através de um projeto que acompanha a transição da monocultura de cana de açúcar para o sistema agroflorestal, técnica que utiliza diferentes tipos de plantas numa mesma área, e que foi implantada a partir da ocupação pelos assentados.

“Nesse projeto, a ideia é monitorar os microrganismos que ocorrem dentro das propriedades desses agricultores que adotaram esse processo de transição agroecológica, onde eles estão diversificando as culturas. Então, a propriedade da dona Gercina é uma que a gente acompanha desde 2013. A gente pegou praticamente o início do processo de plantio dessas mudas do sistema agroflorestal dela, que foi o modelo que ela adotou para ter na propriedade”, relata Patrícia.

A inclusão dos assentados no processo de pesquisa foi fundamental para os resultados. E possibilitou a troca de saberes entre a agricultura familiar e a universidade. Para dona Gercina, esse intercâmbio é motivo de orgulho.

“O cuidado que ela teve de fazer o estudo dela com os fungos e trazer o resultado tudo pra me mostrar. Isso sempre eu digo pros visitantes que vêm me visitar, que eu não conhecia nada de fungos e hoje eu já sei o que é a defesa das plantas. Eu fico satisfeita pelo trabalho dela e dos professores da universidade que estão tendo esse cuidado de mandar os estudantes pra cá para estudar com nós e a gente ver o resultado da terra, o quanto é bom a gente cuidar da mãe-terra”, conclui, emotiva.

Edição: Rodrigo Gomes

sábado, 1 de outubro de 2016

Pesquisa da USP indica que casca da romã ajuda a prevenir Alzheimer

Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), indica que a casca da romã é rica em substâncias que ajudam na prevenção do Alzheimer.

Segundo Maressa Caldeira Morzelle, doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), na casca da fruta são encontrados compostos antioxidantes que trazem benefícios à saúde humana. O principal deles é a prevenção do Alzheimer.

Por meio do tratamento de animais com  extrato da casca de romã, verificou-se que o consumo do extrato foi capaz de inibir a atividade da enzima acetilcolinesterase, que atua de forma prejudicial nas terminações nervosas, em até 77%.

Os animais tratados apresentaram níveis de substâncias que favorecem a sobrevivência dos neurônios, e foram capazes de reduzir placas amiloides, uma das principais características da doença Alzheimer.

Além disso, os animais que consumiram a romã apresentaram uma manutenção da memória, o que não acontecia nos animais que não eram tratados com a romã.

A casca da romã, que geralmente é descartada, é a parte da fruta onde se concentra a maior quantidade das substâncias que ajudam no combate ao Alzheimer,. “A casca tem dez vezes mais dessas substâncias antioxidantes que a polpa”, diz

O estudo feito por Maressa, e orientado pela professora Jocelem Mastrodi Salgado, também analisou outras frutas, no entanto, a romã foi que apresentou melhor resultado. “Em comparação com outras frutas como o morango e blueberry,  que também são antioxidantes, a romã é a mais eficaz no combate a doenças degenerativas, pois na casca da fruta há uma alta concentração de de compostos fenólicos, os principais responsáveis pela atividade antioxidante”, explica.

Consumo
 
A pesquisadora diz que no estudo foi utilizado o extrato da casca da romã, pois como ela não tem um gosto agradável seria difícil a ingestão dela pelos animais, então foi necessária a fabricação do extrato. Mas que as pessoas não precisam consumir um extrato para usufruir os benefícios da fruta.  "As pessoas podem fazer suco ou chá com a casca, que terão a ingestão desse composto da mesma forma”, conta.

Maressa ainda destaca que como o efeito da substância é preventivo, é aconselhável começar a consumir a casca da romã ainda jovem. “O ideal é que as pessoas comecem a consumir a casca da romã o quanto antes, pois assim será cada vez menor a possibilidade de desenvolver o Alzheimer", diz.

Fonte: G1



sexta-feira, 8 de abril de 2016

Por que consumir alimentos orgânicos?

O Ministério do Meio Ambiente faz uma lista com os dez principais motivos para incluir produtos orgânicos no cardápio; confira!

Livre de agrotóxicos, os alimentos orgânicos estão ganhando cada vez mais espaço na mesa dos brasileiros. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, eles são mais nutritivos e saborosos, além de ajudarem a cuidar da natureza. E esses são apenas alguns dos 10 motivos divulgados pelo órgão para consumi-los.

A nutricionista Marinês Cristine Silveira, explica que, de acordo com estudos, as principais diferenças entre os produtos orgânicos e os convencionais estão nos níveis de vitamina C, antioxidantes e proteínas. “Os alimentos orgânicos têm menos água em sua composição, por isso acabam concentrando mais os nutrientes e até os sabores. Eles também possuem baixos teores de metais pesados, como chumbo, mercúrio, arsênio e nitratos. Esse último, inclusive, é considerado tóxico para o nosso organismo”, complementa.

XÔ, AGROTÓXICO!

O cultivo de orgânicos leva adubo natural e não utiliza agrotóxicos e pesticidas, o que faz esses alimentos ainda mais benéficos à saúde. A nutricionista Marinês conta que um levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) mostrou que 29% das 1665 amostras de sete culturas de alimentos convencionais – ou seja, não orgânicos – estavam em desacordo com as normas de agrotóxicos. Além do excesso, havia a presença de dois nunca registrados no Brasil: o azaconazol e o tebufenpirade. “Estas substâncias não saem na lavagem com vinagre e bicarbonato de sódio, pois penetram no solo e entram na seiva da planta, se acumulando na raiz, caule, folhas e polpa”, explica a nutricionista. Ela também complementa que alguns outros estudos indicam os agrotóxicos como causa de disfunções hormonais, dores de cabeça, alergia e doenças mais graves.

Confira a lista de dez motivos para escolher esses alimentos, segundo o Ministério do Meio Ambiente!

1. Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas.

2. Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo.

3. Alimentos orgânicos são mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los.

4. Protege futuras gerações de contaminação química. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais.

5. Evita a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc. O solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano.

6. Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos.

7. Restaura a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis.

8. Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem à terra e revitaliza as comunidades rurais;

9. Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário ao da agricultura convencional que se apoia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza.

10. O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico tem que ser assegurada pelo Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o que garante ao consumidor que está adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Morangos orgânicos são mais firmes e doces, diz estudo da USP


 Além da vantagem de não serem produzidos com agrotóxicos, os morangos obtidos pelo sistema orgânico são mais firmes e doces do que os cultivados de forma convencional.

A conclusão é de um estudo realizado pela Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo), em Piracicaba (SP).
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De acordo com a pesquisadora e engenheira agrônoma Carolina Andrade, foram avaliados morangos produzidos das duas formas em São Paulo e em Minas Gerais.

As frutas foram coletadas em 14 propriedades localizadas em Atibaia (SP), Jarinu (SP), Monte Alegre do Sul (SP) e Senador Amaral (MG).

A pesquisa mostrou que a fruta orgânica consegue manter a aparência de fresca após a colheita por conta da firmeza da polpa e por ter a coloração um pouco mais intensa do que na produção convencional.

Essa cor mais forte, porém, só pode ser avaliada por um aparelho chamado colorímetro e não é evidente a olho nu.

Desenvolvido pela Embrapa Clima Temperado, o sistema de produção de morangos fora do solo e sem terra vem sendo usado no Rio Grande do Sul há quatro anos. Clique nas imagens acima para conhecer o processo Leia mais Carlos Reisser Junior/Divulgação

Já os morangos produzidos de forma convencional, com agrotóxicos, apresentaram menor índice de podridão, o que significa que, entre o armazenamento e o consumo, ele se deteriora mais lentamente.

A pesquisadora explica, porém, que a diferença de tempo de deterioração entre o fruto orgânico e o convencional não é significativa.

Além disso, os morangos convencionais possuem maior quantidade de uma substância chamada de antocianina. "Esse pigmento é composto de antioxidantes, ou seja, promove proteção contra radicais livres, o que está associado à prevenção de doenças e promoção de benefícios à saúde de quem os ingere", afirma Carolina Andrade.

De acordo com a engenheira agrônoma, fica demonstrado que a forma de cultivo influencia na qualidade do fruto. "Não avaliamos as formas de produção, apenas o fruto, mas suponho que o fruto orgânico ganhe essas características de firmeza e sabor por ser produzido com adubação natural, com microorganismos se desenvolvendo no solo", diz.

Morango está entre os alimentos com mais resíduos de agrotóxicos

Por se tratar de um fruto muito suscetível ao ataque de pragas e doenças durante seu cultivo comercial, é utilizada grande quantidade de produtos químicos na produção do morango.

"O morango figura entre os principais alimentos nos quais são encontrados resíduos de agroquímicos acima do limite permitido. Por isso é visto como 'vilão' entre os alimentos", diz Carolina Andrade.

"Porém, deve-se lembrar de que se trata de uma cultura para a qual não são feitos tantos investimentos e estudos em tecnologia de defensivos quanto para culturas como soja, milho, cana-de-açúcar, mais expressivas economicamente", afirma a pesquisadora.

Um documento elaborado pela Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) fez um alerta, em 2012, sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde e na segurança alimentar.

Segundo um dos coordenadores do estudo, Fernando Carneiro, chefe do departamento de Saúde Coletiva da UnB (Universidade de Brasília), o consumo prolongado de alimentos contaminados por agrotóxico --ou seja, com quantidade de produto acima do permitido-- pode provocar ao longo de 20 anos doenças como câncer, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais.

A pesquisa da Esalq-USP comparando os dois tipos de morango foi realizada entre 2011 e 2013 com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre os frutos orgânicos e convencionais. "Nós esperamos que sirva de base para o desenvolvimento de novas metodologias eficientes na produção e armazenamento da fruta", diz.

Fonte: UOL

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Benefícios das minhocas para a vida no solo

A minhocultura possibilita ao agricultor inúmeras vantagens ao lhe proporcionar a disponibilidade de dois produtos comercializáveis e de alto valor agregado, além da possibilidade da utilização direta deles nas propriedades rurais e até mesmo urbanas (reciclagem do lixo orgânico doméstico) para a melhoria das condições de solo e para os sistemas de produção ali empregados.

O efeito físico que as minhocas desempenham no solo ao criarem galerias, por meio de sua movimentação na busca de alimento, é também de fundamental importância para a melhoria das condições gerais do solo, pois proporcionam não só a descompactação, mas uma melhor infiltração de água e ar. A disponibilização de nutrientes mais assimiláveis para as plantas pela introdução de húmus no sistema, fruto do processo digestivo das minhocas ao consumir o material fornecido (composto), deve ser destacado também.

A importância do papel das minhocas há muito já é considerada, como por exemplo, pelo “pai da evolução”, Charles Darwin que em vários de seus escritos ressaltou a importância ecológica desses seres, denominando-as “os arados da natureza”.

Fonte: Portal Orgânico

Estudo mostra que quanto mais velha a árvore, mais ela absorve CO2

Quanto mais velha é uma árvore, mais ela captura dióxido de carbono (CO2) na atmosfera para continuar a crescer, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira sobre o impacto das florestas no aquecimento global.

Os resultados dos trabalhos, publicados na revista científica britânica Nature, indicam que em mais de 400 tipos de árvores estudados, são os espécimes mais velhos e, portanto, os maiores de cada espécie os que crescem mais rápido e que, consequentemente, absorvem mais CO2.

Estes cientistas contradizem o postulado segundo o qual as árvores velhas contribuiriam menos na luta contra o aquecimento global.

"É como se para os humanos, o crescimento se acelerasse depois da adolescência ao invés de se retardar", explicou para a AFP Nathan Stephenson, um dos autores deste trabalho.

As árvores absorvem da atmosfera o CO2, principal gás causador do efeito estufa, responsável pelo aquecimento global, e o armazenam em seus troncos, seus galhos e suas folhas.

As florestas desempenham, assim, um papel de reservatórios de carbono, mas até que ponto elas retardariam o aquecimento é um assunto em aberto.

"Já sabemos que as florestas antigas estocam mais carbono do que as florestas mais jovens", explicou Nathan Stephenson. Mas, prosseguiu o pesquisador, "as florestas antigas têm árvores de todos os tamanhos e não está claro quais cresceram mais rápido, capturando assim a maior quantidade de dióxido de carbono".

Este estudo dá uma resposta clara a esta questão: "para reduzir o dióxido de carbono presente na atmosfera, é melhor ter árvores grandes (ndr: e, portanto, antigas)", resumiu o cientista.

"Este conhecimento vai nos permitir melhorar nossos modelos para prever como as mudanças climáticas e as florestas interagem", ressaltou Nathan Stephenson.

Cerca de quarenta cientistas participaram deste estudo, que analisou os dados dos últimos 80 anos de 670.000 árvores de 403 espécies diferentes existentes em todos os continentes.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Viver perto de áreas verdes aumenta sensação de bem-estar, diz estudo

Cientistas britânicos afirmam que moradores destas áreas têm menos sinais de depressão e ansiedade.

Áreas verdes diminuíram estresse e ansiedade em cidades (Foto: BBC) 
Áreas verdes diminuíram estresse e ansiedade em cidades (Foto: BBC)
Um estudo de cientistas britânicos sugere que viver em uma área urbana com espaços verdes tem um impacto positivo no bem-estar mental dos habitantes de cidades.

Os pesquisadores, da Universidade de Exeter, constataram que passar a morar em um local com áreas verdes gera um efeito positivo duradouro, enquanto que aumentos de salários ou promoções no trabalho, por exemplo, fornecem apenas efeitos positivos de curto prazo.

Para os autores da pesquisa, os resultados mostram que o acesso a parques urbanos traz benefícios à saúde pública.

Mathew White, do Centro Europeu para o Desenvolvimento e Saúde Humana da Universidade de Exeter, um dos autores da pesquisa, explicou que o estudo se baseia nas descobertas de um outro levantamento, que mostrou que as pessoas vivendo em áreas urbanas mais verdes tinham menos sinais de depressão e ansiedade.

Ele diz que isso ocorre 'por várias razões'. 'Por exemplo: as pessoas fazem todo tipo de coisas para ficarem mais felizes, elas lutam por uma promoção no trabalho, aumento de salário, até se casam. Mas o problema com todas estas coisas é que, depois de seis meses a um ano, elas voltam aos níveis originais de bem-estar. 
Então estas coisas não são sustentáveis, elas não nos fazem felizes no longo prazo', afirmou.
'Descobrimos que em um grupo de ganhadores da loteria, que tinham ganho mais de 500 mil libras (quase R$ 2 milhões), o efeito positivo definitivamente estava lá, mas depois de seis meses a um ano, eles tinham voltado aos níveis normais.'

As descobertas foram publicadas na revista especializada Environmental Science and Technology.

Dados
A equipe de pesquisadores usou dados da Pesquisa de Residências Britânicas (que mudou o nome para pesquisa Compreendendo a Sociedade) e que começou a ser feita na Grã-Bretanha em 1991 pela Universidade de Essex.

'É uma amostra enorme e representativa da população britânica (atualmente cerca de 40 mil residências pesquisadas por ano), em que são respondidas várias perguntas, sobre renda, estado civil, etc', disse White.
'Mas também inclui algo chamado Questionário Geral de Saúde, que é usado por médicos para diagnosticar depressão e ansiedade.'

'O que você vê é que, mesmo depois de três anos, a saúde mental ainda é melhor (para quem vive perto de áreas verdes), o que é improvável com as muitas outras coisas que achamos que nos farão felizes', disse.

Mais pesquisas
O pesquisador acrescentou que a equipe quer fazer mais pesquisas para examinar uma possível ligação entre qualidade de relacionamentos conjugais e a vida em areas verdes.

'Há provas de que as pessoas dentro de uma áreas com espaços verdes são menos estressadas e, quando você é menos estressado, você toma decisões mais razoáveis e se comunica melhor', afirmou White.

'Não vou falar que é uma poção mágica que cura todos os problemas do casamento, claro que não é, mas pode ser que (o fator do cenário) ajude a pender a balança na direção das decisões mais razoáveis e diálogos mais maduros.'

Com as crescentes provas de ligação entre espaços verdes nas cidades e o impacto na saúde pública, há também o crescente interesse das autoridades e governos pelo assunto, segundo White.

Mas, o pesquisador afirma que não será fácil decidir de onde deve vir o dinheiro para investir em áreas verdes nas cidades.

'Por exemplo: autoridades ligadas ao meio ambiente irão dizer que se é bom para a saúde das pessoas, então o investimento deveria ser feito pelo serviço de saúde.'

 'Então, há muitas pessoas interessadas, mas o que realmente precisamos no nível de políticas, é decidir de onde virá o dinheiro para apoiar áreas verdes locais de qualidade', acrescentou.

sábado, 17 de setembro de 2011

Saiba porque a lâmpada fria economiza 75% em relação à quente


Há dois tipos principais de lâmpadas usadas em casas: as incandescentes, ou amarelas, e as fluorescentes, ou brancas. Essas últimas, de acordo com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), são as que mais economizam luz - até 75% em relação ao primeiro tipo, conhecido também como "comum". O gasto menor se deve ao modo como as duas funcionam, e à quantidade de energia elétrica gasta para gerar uma mesma quantidade de luminosidade.

As incandescentes têm um filamento de tungstênio, metal com o maior ponto de fusão entre os conhecidos pela química. Quando a corrente elétrica passa pelo fio, faz com que os elétrons se choquem e liberem luz e calor. A luz se espalha pelo gás que existe dentro do bulbo de vidro da lâmpada, iluminando o ambiente. Em uma lâmpada queimada, o filamento de tungstênio está partido e a energia não consegue chegar ao outro lado, ou seja, não há produção de luz.

As lâmpadas fluorescentes não têm fios de metal. Elas são em formato de tubo - grande e único, ou pequenos e curvados - dentro do qual há gás ou vapor. Quando a corrente elétrica passa por esse meio gasoso, produz luz. O calor dissipado é muito menor - por isso essas lâmpadas também são conhecidas como frias, enquanto as amarelas são chamadas de quentes.

Mas não é por causa da temperatura que as lâmpadas fluorescentes são mais eficientes do que as incandescentes: é por causa da quantidade de luz em relação ao gasto de energia. A quantidade de luz é medida pelo fluxo luminoso, cuja unidade é o lúmens, abreviado lm. O consumo é medido em quilowatts por hora (KWh), ou seja, está ligado à potência da lâmpada.

Na prática, isso significa que uma lâmpada branca de 40W gera o mesmo gasto de energia que uma lâmpada amarela de 40W. A diferença é que a lâmpada frio emite cerca de 3 mil lúmens, enquanto a quente emite apenas 600 lm. Fazendo as contas, no lugar de uma lâmpada incandescente de 40W para iluminar a sala de estar, poderia ser usada uma lâmpada fluorescente de 8 W, com o mesmo resultado final em termos de iluminação - e cinco vezes menos consumo de energia elétrica.

Entre as fluorescentes, um dos tipos mais comuns é o tubular, que precisa de um reator para adequar a tensão da rede elétrica (medida em Volts). Já no caso das lâmpadas fluorescentes compactas ou circulares (LFC), o reator vem acoplado à lâmpada - há diferença entre as bases de encaixe, que exigem bocais específicos, e as de rosca, que podem ser instaladas nos soquetes de lâmpadas incandescentes comuns. Os modelos fluorescentes compactos têm tubos em forma de U ou arco, enquanto os circulares têm formato, como o nome indica, completamente circular - e precisam de adaptadores para serem ligadas a bocais comuns.

Para uso residencial, o Procel indica as lâmpadas brancas, pois têm durabilidade de seis a oito vezes maior do que as amarelas, e alta eficiência, com baixo consumo de energia. Elas são ideias para o uso em ambientes em que passam mais de quatro horas ligadas. O Programa também indica o uso para minuteiras, que acendem por um minuto quando o interruptor é acionado, e para as acionadas por sensor de presença, que só permanecem ligadas enquanto há movimentação no ambiente, mas faz a ressalva de que a economia, nesse caso, não é tão grande.

E quem garante que há, realmente, economia de energia com as lâmpadas brancas? O próprio Procel. O selo do Programa indica que a lâmpada foi testada e atende a parâmetros de economia e durabilidade - todo ano, fabricantes reapresentam os modelos para novos testes. O selo também funciona como garantia de que lâmpada não vai queimar no período de 12 meses - não incluídos problemas causados por mal uso. Segundo o Procel, o selo serve, mais do que isso, para orientar o cliente sobre quais os artigos que oferecem, de fato, o que a tecnologia promete, evitando decepções que poderiam levar os consumidores a abandonar seu uso.

Fonte: Portal Terra / Foto: Getty Images